SINCODIV-RS - FENABRAVE

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24/05/2023

A importância da ESG nas concessionárias

A sigla ESG vem do inglês e significa Environmental, Social and Governance. Em português, a tradução seria ASG - Ambiental, Social e Governança. Essa expressão se refere a um conjunto de práticas adotadas pelas empresas com o objetivo de garantir a sustentabilidade dos seus negócios, considerando não apenas os aspectos financeiros, mas também os impactos ambientais e sociais.

“Estamos vivendo um momento em que as empresas estão adotando parâmetros ESG na sua mão de obra, gestão e preocupações com a ética e moral na sua governança corporativa. Quando imaginaríamos que empresas reconhecidas internacionalmente, poderiam ser acusadas de trabalho escravo em função de uma mão de obra terceirizada? A exemplo das vinícolas gaúchas. Certamente será muito difícil recuperar o dano de imagem causado pela descoberta e divulgação do fato. Não estamos aqui para advertir o concessionário e sim para oferecer um diferencial de negócio de futuro”, comenta Dr. Luiz Paulo Germano, sócio da AD2L, empresa de consultoria no setor jurídico que promoveu a apresentação sobre o tema no dia 23 na sede do Sincodiv/Fenabrave, também transmitido a rede através de plataforma online.

Para Germano, é preciso prestar atenção a três critérios: ambiental, social e governança. O cliente presta a atenção às empresas que tem bons valores de governança e sustentabilidade. Grande parte dos consumidores querem comprar de empresas que ofereçam esta segurança social de valor.

Muitas vezes o concessionário já faz tudo o necessário em sustentabilidade porém, não faz o devido inventário das suas ações. Socialmente é preciso respeitar as diferenças de gênero, proteger as minorias, ter políticas antirracistas, proteger os filhos menores de quem trabalha na nossa empresa. No quesito governança nenhuma instituição financeira vai apoiar a empresa que não tiver valores, um código de ética que combata falhas que possam comprometer a integridade da empresa. Não há mais espaço para empresas onde só quem decide é a diretoria, as decisões precisam ser plurais. Para aderir as métricas ESG é preciso ações sustentáveis, inclusão, treinamento e capacitação, adesão a programas que revelem a lisura e a transparência das operações. Muitos dos processos de implementação da ESG nas concessionárias não exige investimento e sim, organização.

Mas afinal, qual os ganhos que uma empresa terá com a implementação da ESG? A melhora da reputação, que é fator fundamental para se manter no mercado, além da melhoria da imagem, também a redução de custos operacionais e a promoção dos interesses de outras instituições. No Brasil temos incentivos fiscais e financeiros para empresas que se adequam às métricas ESG. Fundos que investem em empresas afins com a ESG. Existe a possibilidade de emissão de debêntures verdes, que são títulos de dívida emitidos por empresas com o objetivo de financiar projetos sustentáveis. Esses fundos podem oferecer taxas mais atrativas e proteger os investidores de riscos associados à falta de responsabilidade ambiental, social e de governança das empresas. Verde Asset Management, Atmos Capital e Ethical Asset Management são alguns exemplos.

“A comunidade da Distribuição de Veículos participa com 5% do PIB Nacional. Empresas que movimentam um capital de giro muito alto, em uma economia com 14% de juros básico, que é considerado alto. Quando assinamos um contrato com uma instituição, nele estão incluídas declarações de não contratação de menores, mão de obra aviltada, poluição ambiental, entre outras exigências. Muitas coisas já são feitas pelos concessionários. Ter uma certificação interna,ou dossiê de conformidade ESG, é a justa prova de que não somos os vilões do mercado poluidor. Provavelmente o setor automotivo tenha sido um dos setores da economia que mais se desenvolveu no mundo em relação a proteção do meio ambiente”, finaliza Paulo Siqueira, presidente Sincodiv/Fenabrave-RS.

Para assistir a gravação da palestra na íntegra, clique AQUI Senha: k+H$.eE0.

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